domingo, 9 de outubro de 2011

De Leve

Sinto-me voltando aos poucos.
Aos poucos, sim, bem lentamente.
Sorrir, de leve, suavemente.
E a mente. Ah, a mente!
A que sente, suave.
Aquela que não mente.
A mente não durou,
Por isso a volta.
Aos poucos.

terça-feira, 14 de junho de 2011

O real imaginado e fracionado

As inúmeras simbologias diárias permitem ao ser humano um posicionamento em relação ao mundo, entretanto, a concepção de ideias e opiniões esterá sempre atrelada à distorção da realidade, em que as imagens são características de fatores injuntivos.
É implícito às análises antropológicas, que a massa popular sempre relacionou sua sobrevivência e a organização coletiva a uma liderança, esta que usa o poder e as relações, que possui, em favor do crescimento da parcela de indivíduos em que influi diretamente, seja geograficamente ou ideologicamente.
A manipulação contida na sociedade gerou a necessidade de viabilizar uma concepção do real através de símbolos, possibilitando a dominação ideológica sobre indivíduos maleáveis, que conceituam sua percepção através da imagem.
É, portanto, sempre mais difícil conceber um senso crítico, que auxilie e permita um pensamento coerente, que demonstre verdadeiramente uma análise do real, consequentemente, a realidade torna-se fracionada, assim como a percepção humana.
A injunção simbólica preenche o mundo, cria vetores de uma sociedade que não agirá realmente em conjunto, propaganiza a vida, gera ideologias antagônicas que caotizam o mundo, e fraciona o real, gerando uma contraposição entre o objeto e a imagem, gerando discussões infinitas a serem refletidas no ser humano, explicitando sua suscetibilidade previsível.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Sem título, sem nome

E se eu não te esqueci?
Se eu ainda guardo lembranças doces?
Sorrisos ao acaso...
Se penso no improvável?

Se te vejo no espelho
Se guardo alguns segredos
Se quando menos espero, imagino...
Sonhos... Eu morri?

Não te esqueço porquê te pertenço?
Te vejo sempre comigo
Compartilhando tudo...
Se morri, o que você faz?

Você corre ou anda?
Você suspira e me chama?
Você gosta de mim?

E se eu não te esqueci?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pra falar de Mamãe

 

Eu sorri. Eu estive triste e até chorei. Eu brinquei. Eu corri.
Quando abrimos os olhos, não literalmente, a primeira pessoa que está ao nosso lado é a nossa mãe. Ela nos abraça, nos dá amor, nos dá bronca e limites, e embora algumas coisas estejam erradas, e  que grande parte de outras certas coisinhas não estejam tão erradas assim, ela sempre está lá.
Mãe sente, mãe chora, mãe ri, mãe sempre está com você, e sempre é sempre quando se trata de mãe. E não é algo simples, é uma vida, ou melhor, duas vidas que estão em jogo, como disse James Baldwin, o amor não começa como imaginamos, ele não é o primeiro que imaginamos, e na maioria o que dissemos que é o primeiro não foi o inicio.
Ser mãe é dizer adeus ao individualismo, é dividir ideias e rascunhos de possibilidades, é ser fortaleza, é caminhar com jeitinho de deusa, é suportar alguns errinhos e é poder amar incondicionalmente.
Se amor é início, o meu início foi com ela, toda vez que ela me balançou para dormir, quando me deu o consolo que precisei, quando me compreendeu quando ninguém mais pôde e quando saímos juntas e distribuímos objetos de não coragem e de carinho.
Porque eu sei que mesmo que eu não tenha mais nada na vida, eu terei ela e se eu a tiver tudo irá melhorar. Porque em meus piores pesadelos ela me ajudou a conquistar sonhos e catar estrelas à beira do mar. Porque eu a amoamoamoamo e repito isso tanto e tanto que nem o Quero de Drummond pode duvidar.

Mãe, mãe ontem, hoje, amanhã e eternamente mãe... Obrigada por estar sempre comigo, obrigada por me oferecer um ombro amigo, obrigada por ser alguém a quem eu gostaria de me espelhar e obrigada por me deixar te amar.
"O amor não começa e termina do modo que pensamos. O amor é uma batalha, o amor é uma guerra; o amor é crescimento contínuo."     
                               James Baldwin